17/03/2012
Competência Vs Displicência
Este jogo devia ter acabado após o 3-0, golo que nasce de uma deliciosa
assistência de Pabl... perdão, de Nelson Oliveira para o inevitável, eu diria mesmo, para o bem e para o mal, o inigualável Tacuara Cardozo. O jogo já
estava mais do que resolvido e todos ficavam satisfeitos: quer os aveirenses,
que assim poupavam esforços para as duras batalhas pela manutenção que
se avizinham; quer o Benfica, que podia virar costas ao jogo mais cedo; quer
eu e provavelmente mais Benfiquistas, que só teríamos motivos para escrever maravilhas deste, daquele, da forma séria e madura como a equipa ganhou e controlou o jogo, sem esquecer a crítica da praxe ás fragilidades nos ataques rápidos dos adversários, pois claro.
Mas infelizmente este jogo tinha noventa minutos como os outros, e se em boa parte dele tínhamos feito muitas coisas boas e competentes, conseguimos em trinta minutos borrar uma pintura que por momentos chegou a ganhar contornos de belíssima. Vamos lá ver uma coisa, ó rapaziada que veste o manto sagrado: gerir esforços sobre uma vantagem de três golos, ainda por cima frente a uma equipa pouco ameaçadora, é perfeitamente compreensível. O que não percebo
é que viremos completamente a cara ao jogo, passando a jogar com uma atitude displicente, acabando naturalmente no que assistimos. Este não é o nosso ADN. Tirando a atitude da última meia hora e as passadeiras "da praxe" que todos conhecemos, não tenho muito mais a apontar a não ser o facto de me parecer que Witsel e Javi acusam neste momento algum cansaço. Nota-se-lhes falta de gás a reagir a determinadas acções, sendo a perda de bola e consequente
transição defensiva rápida uma delas certamente. Até por isto compreendo que levantemos o pé, mas não da maneira que a equipa no seu todo fez. A verdade
é que independentemente deste meu choro de adepto chato, a vitória acabou
por ser tranquila, justíssima e com bons momentos enquanto estivemos em campo. A perseguição continua, não inventemos agora.
Individualmente gostei de Cardozo (número$), Gaitán, Nelson a espaços (falhas naturais numa titularidade importante aos vinte anos), e Witsel, este último porque apesar de cansado mostra competência a lateral-direito, lugar onde se adapta bem em acções ofensivas, mas na minha opinião não tanto no processo defensivo.
BENFICA SEMPRE!!
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5 comentários:
Fizeram muito bem em gerir esforços. Caso não saibas os próximos 6 jogos de 4 em 4 dias (às vezes nem é tanto tempo) vão ser Porto, Olhanense, Chelsea, Braga, Chelsea e Sporting. Achas que uma equipa não se deve poupar para estes embates quando tem um jogo perfeitamente ganho?
Concordo parcialmente.
Foi um jogo adequado para as poupanças.
O virar as costas ao mesmo deve-se, digo eu, a uma forma natural de reagir perante a constatação de uma vitória já garantida.
Três pontos. Colagem aos de lá de cima.
E uma onda de jogos a exigir o máximo.
Estamos em três frentes. É preciso poupar.
João Oliveira,
Queira desculpar-me mas não tenho a culpa que o meu caro tenha percebido mal o que leu.
Ainda assim faço mais uma tentativa:
"gerir esforços sobre uma vantagem de três golos, ainda por cima frente a uma equipa pouco ameaçadora, é perfeitamente compreensível. O que não percebo
é que viremos completamente a cara ao jogo, passando a jogar com uma atitude displicente, acabando naturalmente no que assistimos."
Ou seja, como é óbvio não vejo mal nenhum em gerir esforços. Vejo, isso sim, mal em jogarmos com uma atitude displicente, quase a roçar a falta de respeito com o jogo, com o adversário e com nós próprios, Benfica. São coisas completamente diferentes e de fácil compreensão para quem não estiver de má vontade.
PS: Se o amigo, enquanto Benfiquista, ficou feliz com o que assistiu na segunda parte e acha que o seu e meu dever é elogiar tudo o que aconteceu óntem, lamento dizer-lhe mas veio ao espaço errado.
Cumprimentos benfiquistas
A quantidade de bolas perdidas pelo Gaitán é de arrepiar...
Concordo, mas neste jogo pareceu-me um nada mais responsável.
Cumprimentos benfiquistas
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