Há quem diga que a Taça Da Liga é uma prova desinteressante e sem emoção.
Não foi o que vi nos rostos dos milhares que hoje vibraram em Barcelos, alguns deles simpatizantes de uma equipa que está perto da liderança no campeonato. Nos olhos daquela gente vi de tudo, menos desprezo ou desvalorização. Outros há que, em debates televisivos, chegam mesmo a dizer que esta é a quarta prova nacional, imagine-se, atrás da prestigiante e emocionante Taça Cândido Oliveira, prova disputada a um só jogo, muitas vezes contra equipas modestas e ainda por cima na altura dos amigáveis de pré-época para ganhar ritmo. Quanta hipocrisia.
Mais uma vez vi um jogo do Gil, e uma vez mais confirmo o que escrevi
aqui na noite em que foram a Alvalade eliminar a equipa local. Se já nessa altura achava
que o Gil era um sério candidato nesta prova, agora muito mais. Desde então o Gil Vicente subiu um lugar na tabela classificativa do campeonato e, apesar de hoje reconhecer que é uma equipa com limitações defensivas quando tem que pegar no jogo, mantenho que merecia ocupar melhor lugar. Estão de parabéns, incluindo técnicos e dirigentes, pena é que estes últimos por vezes não meçam
bem as palavras que dizem.
Esquecendo todas aquelas cabecinhas influenciáveis e com uma imaginação
tão fértil que julgam estar no meio de uma guerra Norte-Sul com umas poucas
centenasitas de história, há que reconhecer que este Braga fez-se uma grande
equipa. O Braga devia ser levado a sério caso fosse o finalista da Taça Da Liga,
e continua a ter que ser seriamente encarado para o campeonato. Quem não o fizer, arrisca-se. Penso aliás que esse foi o grande problema de algumas das equipas que os defrontaram nos últimos treze (!!) jogos, precisamente o facto de não encararem o Braga como encaram os chamados três grandes.
BENFICA SEMPRE!!
