Desequilíbrio

Não quero perder muito tempo nem cabelos, por isso vou directo ao assunto: Ainda não somos uma equipa equilibrada, e curiosamente isso parece ficar mais à vista contra equipas de menor dimensão. Tanto temos momentos quase de perfeição, como de seguida perdemos a cabeça e concedemos facilidades impensáveis a equipas que nem deviam cheirar a nossa área. É bom lembrar que equilíbrio não significa defensivo, nem permissivo.

Dito isto, fiquei extremamente aliviado com o golo de Óscar Cardozo, pois estava a ver a coisa mal parada. Quanto mais queríamos ir para o golo, mais desequilibrados ficávamos. De qualquer modo, tudo o que não fosse uma vitória seria uma injustiça atroz, já que ao intervalo podíamos estar perfeitamente a golear. Pede-se a Gaitán e Saviola que sejam um pouco mais eficazes na finalização, oportunidades não têm faltado.

Individualmente: Adorei Aimar, que não raras vezes me trás à memória a canção "ó tempo, volta para trás"; Nolito, que em espaços curtos é um caso sério; Bruno César, que finalmente mostrou que tem futebol; Witsel e Garay - estou a gostar do central argentino. Gostei menos de Javi Garica: Continuo a não perceber como há quem ponha Javi no céu. É um bom e inteligente jogador, mas honestamente espero mais de um nr 6 do Sport Lisboa e Benfica. Sozinho como trinco então, faz do nosso meio-campo defensivo muito macio.

ARBITRAGEM: Muitos vão falar de uma penalidade contra nós. É um lance típico de "intensidade", duvidoso - a favor dos Andrades seria sempre marcado, é certo -, mas é bom não esquecer que neste jogo houve dois foras-de-jogo vergonhosos tirados aos atacantes do Benfica quando estes se isolavam. O choro do suposto fora-de-jogo do Nolito, que provavelmente até estava em linha, já está a dar resultados.

BENFICA SEMPRE!!