Que recital

Os cartões vermelhos aconteceram quase naturalmente, tal não é a falta de hábito dos atletas Andrades a esta realidade. A realidade das regras cumpridas, dos penaltis forçados que não aparecem quando nada mais se consegue fazer, e de um futebol de outro mundo bem distante.

Imagino o desespero dos jogadores e adeptos das equipas que defrontam este Barcelona de Iniesta e Xavi. Messi é o melhor do mundo, mas cada vez fica mais provado que, sem aqueles dois, o argentino é menos jogador. As dificuldades na sua selecção não são, de todo, por acaso. Iniesta hoje deu um recital monstruoso. São precisos onze cavalos a correr e pressionar durante 90 minutos para ganhar a este Barça, e mesmo assim...

É fabulosa, ao mesmo tempo que assustadora, a forma como o Barcelona controla o jogo e condiciona o adversário em toda a largura do campo. Para os analistas que gostam de jogadores tecnicamente evoluídos e inteligentes em todas as posições de um onze, aposto que deve ser uma espécie de orgasmo futebolístico analisar este Barça.

Mas atenção, a superioridade que o Real Madrid mostrou nos últimos jogos entre os rivais espanhóis, não caiu do céu. Este Barcelona, apesar de continuar a ser, de longe, a melhor equipa do mundo, ainda não está ao nível do melhor Barça dos últimos três anos. As ausências de Piqué e Puyol a isso não serão alheias. Continua a ser o mesmo Barça no ataque, como se vê, mas sem os centrais titulares é outro Barça.

Para o Sr. Freitas Lobo: Tenha mais atenção aos jogos que está a ver. Ser comentador e esquecer-se de oportunidades flagrantes de golo, é feio. Fosse o Porto o Real Madrid, e aquele chapéu não teria sido um chapéu. O Porto fez um jogo esforçado até ter pernas, correu atrás da bola enquanto pôde, mas à imagem de tantos outros pouco mais que isso conseguiu fazer. Não devo estar muito longe da verdade se disser que, hoje, muitos esperam ver jogadores do Porto valorizados para os 200M€. Não aconteceu.

BENFICA SEMPRE!!